Um homem de 25 anos, preso em flagrante por matar a menina Ana Luiza Silva Gomes, de 12 anos, em Belo Horizonte, na Região Central de Minas Gerais, denunciou que sofreu agressões e ameaças dentro do Ceresp Gameleira, onde está detido. Ele afirmou que os policiais penais permitiram que outros presos o violentassem.
A denúncia foi feita na audiência de custódia, realizada nesta quinta-feira (18 de janeiro de 2024), na qual a juíza determinou a prisão preventiva do suspeito, sem data para acabar. Ela também ordenou que ele fosse examinado pelo Instituto Médico Legal (IML) e que o caso fosse comunicado à Promotoria de Direitos Humanos.
De acordo com a decisão judicial, o suspeito levou a menina, que não conhecia, para sua casa, dizendo que queria ajudá-la. Porém, a perícia encontrou drogas e um preservativo usado no local. O suspeito tirou a menina da casa e a deixou na calçada, já morta, segundo o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Segundo informações da rádio Itatiaia, a juíza destacou a gravidade do crime e a contradição entre o depoimento do suspeito e as evidências. Ela também lembrou que o homem já responde a processos por tráfico de drogas e estupro de vulnerável, tendo sido solto em dezembro de 2023, com medidas cautelares. “Tudo isso corrobora a necessidade de conversão da prisão em flagrante em preventiva, para garantia da ordem pública”, concluiu.
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O crime ocorreu na terça-feira (16 de janeiro de 2024), no bairro Bela Vitória. Câmeras de segurança registraram a menina entrando na casa do suspeito, por volta de 10h13, e saindo sem vida, três horas depois, carregada por ele. O suspeito foi encontrado e contou à polícia que a menina estava inalando loló e que ele a convidou para ir até a sua casa, pois ela estava passando mal. Ele disse que ela teve falta de ar e que ele chamou o socorro. Mas o Samu informou que a vítima já estava em rigidez cadavérica.
O suspeito foi autuado por homicídio qualificado e encaminhado ao Ceresp Gameleira. O corpo da menina foi sepultado na quarta-feira (17), no Cemitério da Saudade, na região Leste de BH. As investigações continuam sob responsabilidade do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese.
