Ouro Preto celebra mês da consciência negra com eventos culturais

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Hugo Avelino

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A programação incluiu lançamentos de livros, palestras e apresentações culturais, destacando a representatividade negra e promovendo reflexões sobre identidade e inclusão. Foto = reprodução Prefeitura de Ouro Preto.
A programação incluiu lançamentos de livros, palestras e apresentações culturais, destacando a representatividade negra e promovendo reflexões sobre identidade e inclusão. Foto = reprodução Prefeitura de Ouro Preto.

Em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Educação, por meio da Biblioteca Pública, promoveu uma série de eventos literários e culturais ao longo do mês de novembro, em celebração ao Mês da Consciência Negra. A programação, iniciada no dia 14 de novembro de 2024 foi estendida até 30 de novembro, incluiu lançamentos de livros, palestras e apresentações culturais, valorizando a cultura, memória e representatividade negra, além de promover reflexões sobre identidade, resistência e inclusão.

A abertura oficial contou com a exposição “Ser Nobre é Ter Identidade”, de Alzira Agostini Haddad, que também lançou o livro homônimo. A obra destaca práticas culturais e tradições de cidades históricas como Ouro Preto, São João del-Rei e Tiradentes, contribuindo para a preservação do patrimônio cultural e alinhando-se aos objetivos da Agenda 2030 da ONU. Na mesma ocasião, Maria Francelina Silami Ibrahim Drummond lançou “Imprensa de Ouro Preto no Século XIX”, analisando o papel transformador da imprensa na cultura e política da época.

No dia 18 de novembro do mesmo ano, o destaque foi o livro “Sangrando: Vozes em Todas as Direções – Um Novo Horizonte na Literatura Brasileira”, da escritora ouro-pretana Brisa Coelho. A obra celebra a coragem de contar histórias pessoais e reafirma a importância de dar voz às diferentes narrativas que compõem a sociedade. A autora ressaltou que a literatura é uma ferramenta potente para ecoar mudanças e construir um mundo mais inclusivo.

Já no dia 22, Roberta Froes apresentou a obra “Eu, Menina Preta” e, junto com seus filhos Humberto Froes e Álvaro Froes-Silva, a obra “O Guaxinim Chinês”. Durante a palestra, Froes, recentemente eleita vice-reitora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), compartilhou sua trajetória acadêmica e os desafios enfrentados como mulher preta em espaços historicamente excludentes. O evento reforçou a relevância da representatividade e da ocupação de lugares de destaque por pessoas negras.

O encerramento, no dia 29 de novembro, foi marcado pelo lançamento do livro “A Rua Me Faz Poeta”, de Júnior Ricardo Magalhães, e pela exibição do documentário “Batalha da Pracinha – Sangue, Luta e Rima”. A noite também incluiu a 118ª edição da Batalha da Pracinha, com o tema Zumbi dos Palmares. Essas atividades reafirmaram a força da literatura e da cultura como ferramentas de resistência, celebrando o protagonismo negro em Ouro Preto e a importância do Mês da Consciência Negra.

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