Boato sobre ”grupo de aidéticos” que faz teste de glicose é antigo e falso

Por Redação Agito Mais

Mensagem que circula no WhatsApp desde 2019 não tem fontes confiáveis e contém erros sobre a transmissão do HIV. Foto do falso recado que circula nas redes sociais.
Mensagem que circula no WhatsApp desde 2019 não tem fontes confiáveis e contém erros sobre a transmissão do HIV. Foto = reprodução grupos de Whatsapp.
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Brasil = Uma mensagem que vem sendo compartilhada no WhatsApp afirma que pessoas que vivem com HIV estão se passando por estudantes de enfermagem e fazendo teste de glicose nos moradores de várias cidades para contaminá-los com o vírus. A mensagem diz que o alerta foi feito pela Polícia Militar e pela Vigilância Sanitária e que o grupo agiria a mando do jogo Baleia Azul. Essa informação é falsa e já foi desmentida por diversos veículos de comunicação.

A mensagem é acompanhada de uma foto de um papel sulfite com o texto em letras maiúsculas e vários pontos de exclamação, características comuns em boatos. O texto não especifica em que cidades o suposto grupo estaria atuando, nem cita as fontes das informações. Além disso, o texto menciona o jogo Baleia Azul, que ficou famoso em 2017 por supostamente incentivar o suicídio de jovens, mas que não tem nenhuma relação comprovada com a disseminação do HIV.

A mesma foto já circula nas redes sociais desde 2019, quando foi desmentida pelo portal Metrópoles, que entrou em contato com a Secretaria de Saúde, a PM e a Vigilância Sanitária do Distrito Federal e confirmou que nenhum alerta do tipo foi emitido. O portal Missal, do Paraná, também publicou uma checagem sobre o assunto na mesma época.

A mensagem também contém erros sobre a forma de transmissão do HIV, que é o vírus causador da aids. De acordo com o Ministério da Saúde, o HIV pode ser transmitido por:

  • Sexo vaginal, anal ou oral sem camisinha.
  • Uso de seringa por mais de uma pessoa.
  • Transfusão de sangue contaminado.
  • Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação.
  • Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

 

O teste de glicose, que mede o nível de açúcar no sangue, não é uma forma de transmissão do HIV, desde que sejam usados materiais descartáveis e esterilizados. Portanto, não há motivo para temer ou recusar esse tipo de procedimento, que pode ser importante para prevenir ou tratar doenças como diabetes.

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