Em uma decisão sem precedentes, o Google anunciou que não permitirá anúncios políticos no Brasil durante as eleições municipais deste ano. A medida segue a nova resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que impõe regras mais rígidas sobre a publicidade eleitoral nas plataformas digitais.
A partir de maio, nenhum anúncio relacionado a candidatos ou partidos políticos poderá ser veiculado através do Google Ads, a plataforma de publicidade online do gigante da tecnologia, que abrange serviços como a pesquisa Google, sites parceiros e o YouTube.
“Estamos atualizando nossa política para refletir os valores democráticos e garantir a integridade das eleições brasileiras”, declarou o Google em comunicado oficial.
O TSE estabeleceu que as plataformas digitais devem manter um repositório de anúncios para monitoramento em tempo real, incluindo detalhes como valores investidos, responsáveis pelo pagamento e o perfil da audiência atingida pela publicidade.
Além disso, as empresas de tecnologia são obrigadas a disponibilizar um sistema de consulta eficiente, que permita uma busca avançada nos dados armazenados, assegurando transparência e acessibilidade.
A resolução do TSE vai além, responsabilizando as big techs pelo conteúdo veiculado em suas redes. As plataformas devem adotar medidas proativas para evitar a disseminação de informações falsas ou descontextualizadas que possam comprometer o processo eleitoral. Em casos de descumprimento, as empresas podem ser responsabilizadas civil e administrativamente.
Essas diretrizes reforçam o papel das plataformas digitais na promoção de um ambiente eleitoral justo e livre de desinformação, com o TSE exercendo poder de polícia para garantir a efetividade das normas estabelecidas. O Google reitera seu compromisso global com a integridade eleitoral e promete continuar o diálogo com as autoridades sobre o tema.
