A comunidade do distrito de São Gonçalo do Bação e os cidadãos de Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, enfrentam um impasse após o cancelamento de uma audiência pública crucial. A reunião, que ocorreria no Espaço Gamel, tinha como objetivo debater a instalação do Terminal Ferroviário de Bação (TFB), um projeto que divide opiniões na região.
A juíza Vânia da Conceição Pinto Borges, de Itabirito, determinou o cancelamento do evento, uma decisão posteriormente revogada pelo presidente do Tribunal de Justiça, José Arthur de Carvalho. Contudo, a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) já havia suspendido a audiência, deixando a situação em aberto e a população sem respostas.
O gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Thiago Cavalcanti, apontou uma ação movida pela Associação Comunitária de São Gonçalo do Bação como a causa do cancelamento. A associação, que inicialmente solicitou a audiência, expressou preocupações com possíveis impactos ambientais do TFB, incluindo poluição por poeira, insegurança viária e riscos às fontes de água locais.
Apesar da controvérsia, a proposta do TFB promete benefícios significativos para Itabirito, como a criação de empregos e o desenvolvimento de infraestrutura educacional e de transporte. A diretora de sustentabilidade do TFB, Daniela Diniz, reiterou o compromisso do empreendimento com o debate público e a conformidade com os requisitos legais, destacando o potencial do terminal para melhorar a logística de transporte e promover a sustentabilidade ambiental.
Enquanto o futuro do TFB permanece incerto, a comunidade aguarda ansiosamente a próxima etapa do processo, esperando que o diálogo e a transparência prevaleçam na busca por um consenso.