Vale nega risco iminente de ruptura de barragem em Mariana

Por Redação Agito Mais

Empresa diz que vistoria não encontrou anomalia na estrutura das pilhas de rejeitos; ANM interditou a mina e suspendeu as atividades. Foto da barragem.
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A Vale se manifestou nesta terça-feira (14 de novembro de 2023) sobre a situação da barragem da Mina de Fábrica Nova, em Mariana, na região central de Minas Gerais, que foi interditada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) na segunda-feira (13), por risco de colapso. A empresa afirmou que uma vistoria de campo não constatou anomalia aparente que apresente risco iminente da estrutura das pilhas de rejeitos à frente da barragem.

Segundo a nota da Vale, a empresa apresentou um estudo preliminar à ANM, à Defesa Civil Estadual e do município de Mariana, ao Ministério Público, à Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), ao Corpo de Bombeiro e à Associação dos Moradores da Associação Santa Rita, apontando que não há risco iminente de ruptura da pilha ou mesmo do dique a jusante. A empresa disse que os impactos de uma eventual ruptura considerando essa condição de falha são irrelevantes na área a jusante.

A ANM, por sua vez, informou que a barragem foi interditada e as atividades na mina foram suspensas, após a Vale comunicar que as pilhas de rejeitos estão instáveis. A agência disse que 295 pessoas correm risco de ser retiradas da área de risco. A equipe da ANM voltará ao local nesta terça-feira para concluir o trabalho de fiscalização.

A região de Mariana já foi palco de um dos maiores desastres ambientais do país, em 2015, quando a barragem de Fundão, da Samarco, se rompeu, liberando uma avalanche de lama que matou 19 pessoas e devastou o Rio Doce.

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