A Polícia Civil prendeu na quarta-feira (31 de janeiro de 2024) o homem, de 30 anos, suspeito de matar a ex-mulher, Letícia Barbosa Leite da Silva, 29 anos, e enterrá-la viva no quintal da casa dele, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
O corpo de Letícia foi encontrado no último dia 26 de janeiro de 2024, pelo irmão dela, que pulou o muro da residência após dez dias de seu desaparecimento. Segundo a mãe da vítima, Liliane Barbosa, a filha estava sob o alicerce da casa, com as mãos amarradas e um saco plástico na cabeça, e coberta por três camadas de cimento.
A perícia constatou que Letícia morreu por asfixia e soterramento, e que ainda estava viva quando foi enterrada. A polícia informou, em nota, que o suspeito confessou o crime após ser interrogado na delegacia, onde se apresentou por saber que seria preso. Ele não tinha advogado.
De acordo com a polícia, o suspeito alegou que matou Letícia após uma briga por causa da guarda de um dos dois filhos que eles tinham. A mãe da vítima, porém, disse que o ex-marido era violento e agredia a filha com frequência. Ela contou que o casal tinha um relacionamento instável há nove anos, e que Letícia não queria denunciá-lo.
Letícia deixou, além dos dois filhos com o homem, uma terceira criança, de outro relacionamento. O corpo dela foi sepultado no sábado (27 de janeiro).
A polícia não quis comentar se fez alguma diligência na casa do suspeito antes de o corpo ser encontrado, e se notou o cimento fresco no quintal. A mãe da vítima afirmou que a polícia não foi ao local.
Segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), o número de feminicídios no estado do Rio de Janeiro aumentou de 85, em 2021, para 111, em 2022. Os dados de 2023 ainda não foram divulgados.