Na manhã de segunda-feira (14 de abril de 2025), por volta das 11h49, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de encontro de cadáver na Praça Nossa Senhora da Piedade, no centro de Ouro Preto, região central de Minas Gerais.
A guarnição da PM, compareceu ao local juntamente com o Corpo de Bombeiros. A equipe encontrou o corpo do homem identificado pelas inicias I.D.M., de 51 anos, caído no quarto da residência, em posição de decúbito dorsal e coberto com roupas e panos. A vítima já apresentava rigidez cadavérica.
A perícia foi acionada e constatou múltiplas lesões no pescoço, causadas por objeto cortante não especificado, além de ferimentos na face provocados por golpes com um pedaço de pau — objeto localizado na cena do crime e recolhido pelos peritos.
Segundo informações de testemunhas, os suspeitos seriam um homem identificado pelas iniciais R. S. S., de 48 anos, e uma mulher identificada pelas iniciais R. C. J. S., de 38 anos. A Patrulha Rural iniciou rastreamento e, após informações de um soldado, deslocou-se até a estrada do Tabuleiro, com acesso pela rua Águas Férreas. Próximo a uma porteira, os militares abordaram um casal a pé e confirmaram se tratar dos dois suspeitos.
Durante o interrogatório, R. C. J. S. relatou que foi até a casa da vítima para consumir bebida alcoólica e presenciou o momento em que a vítima gritava por socorro, informando que R. S. S. e outro indivíduo, de alcunha “Gil”, estavam agredindo-o. Ela relatou ter visto “Gil” agredindo a vítima com um porrete no rosto enquanto R. S. S. portava uma faca. Segundo seu depoimento, R. S. S. desferiu duas facadas no pescoço da vítima. Assustada, ela fugiu do local sem acionar socorro, alegando não possuir celular.
Já R. S. S. afirmou que a discussão começou por conta de uma Bíblia, supostamente furtada por “Gil”, e que foi “Gil” quem desferiu a facada fatal. Após o crime, ele permaneceu no local e não acionou ajuda.
Uma testemunha, relatou ter visto um homem alto, magro, de boné e calça jeans saindo da casa após ouvir gritos e uma porta batendo.
A terceira pessoa envolvida, identificada apenas como “Gil”, segue foragida. Os envolvidos detidos não repassaram mais informações que pudessem levar à sua localização.
O serviço funerário foi realizado pela funerária Ouro Preto. Os dois detidos foram encaminhados à Unidade Pronto Atendimento (UPA), Dom Orione, posteriormente, apresentados à autoridade policial. O autor R. S. S. se recusou a fornecer seu endereço correto, declarando apenas morar próximo ao local da abordagem.
A Polícia Militar segue com o rastreamento em busca do terceiro suspeito.