Campanha Julho Verde alerta sobre diagnóstico precoce de câncer na cabeça e no pescoço

O Hospital Alberto Cavalcanti, em Belo Horizonte, destaca mudanças no perfil dos pacientes e reforça a alta taxa de cura quando a doença é identificada ainda nos estágios iniciais.

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Secretaria de Saúde de Minas reforça a importância da prevenção e amplia atendimentos em hospitais de referência durante o Julho Verde. Foto — SUS Brasil.
Secretaria de Saúde de Minas reforça a importância da prevenção e amplia atendimentos em hospitais de referência durante o Julho Verde. Foto — SUS Brasil.

No último dia 3 de julho, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou um comunicado oficial destacando a importância do diagnóstico precoce dos cânceres que afetam a região da cabeça e do pescoço.

Durante este mês, a campanha Julho Verde intensifica os alertas sobre prevenção e detecção precoce do câncer nestas regiões. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tipo mais comum é o câncer de boca, com cerca de 15 mil novos casos registrados anualmente no Brasil.

Referência em oncologia, o Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), da Rede Fhemig, tem registrado um aumento significativo nos atendimentos. Somente no primeiro semestre de 2025, foram realizadas 1.639 consultas com pacientes diagnosticados ou com suspeita de câncer de cabeça e pescoço — número que representa um aumento de quase 547 atendimentos em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo o diretor técnico do HAC, Henrique Timo, os avanços são resultado de investimentos em estrutura e equipe médica:

 “Durante esta gestão, conseguimos aumentar o número de ofertas para consultas ambulatoriais e cirurgias. Isso só foi possível porque, além de aumentarmos o nosso número de cirurgiões e anestesistas, conseguimos otimizar as salas do bloco cirúrgico e melhorar o giro de leitos, permitindo o tratamento e a internação de um número maior de pacientes.”

Atenção aos sinais:

 Embora a doença seja mais comum em homens acima dos 60 anos, o médico e coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HAC, Guilherme Souza, alerta que esse perfil está mudando.

 “Hoje, observamos uma redução na faixa etária das pessoas acometidas e um crescimento do número de casos em mulheres, especialmente no câncer de boca. Alguns anos atrás, tínhamos oito homens para cada mulher acometida pela doença. Hoje, esse número mudou. A cada três homens, temos uma mulher.”

O especialista destaca que o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas está entre os principais fatores de risco. No entanto, quando descoberto no início, o câncer de cabeça e pescoço pode ter mais de 90% de chance de cura.

 “Em tumores localizados em regiões mais profundas, como orofaringe e hipofaringe, os sintomas costumam surgir apenas em estágios mais avançados, o que reduz significativamente as chances de cura.”

Entre os sinais de alerta estão feridas na boca que não cicatrizam, nódulos no pescoço, rouquidão persistente, dor ou dificuldade para engolir. Ao notar qualquer desses sintomas, é fundamental procurar atendimento médico em uma unidade básica de saúde, que poderá realizar o encaminhamento para especialistas como otorrinolaringologistas ou cirurgiões de cabeça e pescoço.

O Agito Mais informa que, em Itabirito, a população pode se dirigir às unidades básicas de saúde para o agendamento de consultas e exames preventivos.

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