Mariana Mg = Em reunião durante a semana, a Suprema Corte da Inglaterra negou um pedido do Grupo BHP para recorrer contra uma decisão que autorizou a tramitação na Justiça inglesa do processo de indenização dos atingidos pelo rompimento da Barragem da Samarco, em Mariana.
A tragédia que deixou 19 pessoas mortas, despejou rejeitos no Rio Doce e destruiu comunidades, em 5 de novembro de 2015, completa 8 anos e ainda causa polêmica.
A estrutura pertencia a Samarco, que tem a Vale e a anglo-australiana BHP como acionistas. A BHP, pede que, caso a Justiça determine o pagamento de indenização, a Vale contribua com parte do valor a ser pago.
Em nota a BHP Brasil alega que:
“Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com a Samarco e a Vale para apoiar os programas abrangentes de reparação e compensação sob a gestão da Fundação Renova. Até o momento, esses programas financiaram R$ 29 bilhões em compensações financeiras e obras de reparação. Isso inclui R$ 13,8 bilhões pagos em indenizações e auxílio financeiro emergencial para mais de 413.000 pessoas“, destacou.
Em julho de 2022, a Corte de Apelação aceitou um pedido da defesa dos atingidos, e a ação passou a tramitar na Corte Real de Justiça, em Londres.
A BHP pediu à Suprema Corte para recorrer a ela, já que, na Inglaterra, o direito de apelar não é automático, o que foi negado agora. A previsão é que o caso comece a ser julgado em 2024, e a primeira audiência está marcada para o dia 7 de outubro de 2025.
Segundo o Pogust Goodhead, escritório de advocacia que representa as vítimas, as audiências devem durar 11 semanas.