Brasil = O Carnaval é uma época de diversão e folia, mas também de cuidado com a saúde. Algumas doenças podem ser transmitidas pela saliva ou pelo sexo, e podem causar complicações sérias se não forem tratadas. Entre elas, estão a Doença do Beijo (mononucleose infecciosa) e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Por isso, é importante se informar sobre as formas de prevenção e procurar atendimento médico em caso de suspeita.
A Doença do Beijo é causada pelo vírus Epstein-Barr, que está presente em 90% dos adultos de todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. A infecção pode ocorrer pelo contato com a saliva de uma pessoa infectada ou por utensílios contaminados. O Ministério da Saúde alerta que a doença é mais comum em centros urbanos e que qualquer pessoa pode se infectar.
Os sintomas podem variar, mas geralmente são febre, dor de garganta, inchaço dos gânglios linfáticos e fadiga intensa. Em alguns casos, pode haver um aumento no baço, o que requer mais atenção médica. O infectologista e consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Marcelo Cordeiro, explica que a prevenção é essencial, pois uma pessoa sem sintomas pode transmitir o vírus por até um ano:
“As principais orientações são evitar compartilhar itens pessoais, como copos e talheres, ter uma boa higiene, o que inclui lavar as mãos corretamente, e, por último, ser transparente com a parceira ou parceiro. É importante conversar sobre histórico de saúde, garantindo a consciência de ambos”, recomenda o médico.
O diagnóstico da Doença do Beijo é feito por exames de sangue, que podem detectar alterações ou anticorpos específicos para o vírus Epstein-Barr. O tratamento é baseado em medicamentos para aliviar os sintomas, e o paciente deve evitar exercícios físicos, descansar, hidratar-se bem e ingerir alimentos leves.
As ISTs são outro grupo de doenças que podem ser transmitidas durante o Carnaval, principalmente pelo sexo sem proteção. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, há pelo menos um milhão de casos de ISTs curáveis por dia. Entre elas, estão clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis. Essas infecções podem causar dor, corrimento, feridas, verrugas ou inflamações nos órgãos genitais, e podem ser tratadas com antibióticos.
Há também as ISTs que não têm cura, mas têm tratamento que pode controlar os efeitos e permitir uma vida normal ao paciente. A mais conhecida é a causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que pode levar à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Outras são o Herpes e o Papiloma Vírus Humano (HPV). Essas infecções podem causar lesões, bolhas, verrugas ou câncer nos órgãos genitais, e podem ser tratadas com antivirais ou vacinas.
O médico Marcelo Cordeiro destaca que a principal forma de prevenção das ISTs é o uso de preservativo, seja interno ou externo, durante as relações sexuais. Ele também aconselha a fazer exames de ISTs antes de cair na folia, para evitar a disseminação das infecções:
“É importante se cuidar e se proteger, para aproveitar o Carnaval sem preocupações. Em caso de dúvida ou sintoma, procure um médico e faça o tratamento adequado”, orienta o especialista.