A Redação do Agito Mais segue atenta a datas com importância expressiva na luta contra o preconceito e as injúrias raciais. Por isso, destacamos nesta matéria o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, celebrado neste 3 de julho, data que marca um importante avanço na luta contra o racismo no Brasil.
A data foi instituída em referência à Lei Afonso Arinos, sancionada em 1951, a primeira legislação brasileira a classificar o racismo como contravenção penal.
Mais do que uma lembrança histórica, o 3 de julho representa um chamado à ação coletiva por uma sociedade mais justa, equitativa e respeitosa com a diversidade racial. A data propõe reflexão e reforça a urgência da implementação de políticas públicas e ações afirmativas que realmente promovam a igualdade racial no país.
“A discriminação racial é um problema estrutural que afeta profundamente a vida de milhões de brasileiros. É essencial que a sociedade como um todo, incluindo governos, instituições e indivíduos, se comprometa a combater o racismo em todas as suas formas. Não basta apenas reconhecer o problema; é preciso agir ativamente para mudar a realidade”, afirma Jessi Alves, em entrevista ao portal Alma Preta.
De acordo com informações do site do Governo Federal, além da denúncia, apuração e punição de atos discriminatórios, a prevenção é uma ferramenta indispensável no enfrentamento do racismo. A conscientização, a educação e o fortalecimento de mecanismos de inclusão social são caminhos essenciais para superar as desigualdades raciais no país.
O Agito Mais reconhece e valoriza o trabalho de ativistas locais que atuam diretamente na transformação da realidade. Um exemplo disso é Antônio Telefunken, que falou ao jornalista Lourenzo, em entrevista cedida ao Blog do Lourenzo, em 2018:
Que mensagem você quer passar com a grandiosidade dos seus trabalhos na cidade, Antônio?
Telefunken: “Lourenzo, minha principal mensagem é para que as pessoas como eu nunca desistam de si e de suas crenças. Elas precisam se manter fortes e vivas, sabe? Buscar conhecimento e mudanças através disso. Não se deixem enganar quando não credibilizarem seus trabalhos. Ainda vivemos numa sociedade que não é tão justa para nós, negros, e carregamos as consequências disso. É importante estarmos preparados para sobreviver a essa realidade.Hoje, tenho um projeto em andamento com um grupo de percussão chamado Axé Igbá, aqui na cidade. Trabalhamos com crianças nesse grupo e, através dele, conseguimos gerar transformações de consciência nas novas gerações. Realizamos oficinas, palestras, eventos dentro das escolas… tudo para resgatar o protagonismo negro como pauta central. Já fizemos até desfiles e shows exaltando nossa força e ancestralidade. É por meio disso e de outros legados que tenho lutado. Por mim e pelos meus irmãos.”