Itabirito: Futuro pós-minerário: quando a extração acabar, o que ficará?

Com base em reflexões do jornalista Lourenzo, o artigo discute os desafios socioeconômicos enfrentados por municípios dependentes da mineração, como o crescimento populacional desordenado, a pressão sobre os serviços públicos e a necessidade urgente de diversificação econômica.

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O futuro econômico de Itabirito e de outras cidades mineradoras é incerto diante da possível exaustão do minério de ferro nos próximos cem anos.
O futuro econômico de Itabirito e de outras cidades mineradoras é incerto diante da possível exaustão do minério de ferro nos próximos cem anos.

Municípios como Itabirito já enfrentam questionamentos sobre a sobrevivência das mineradoras em regiões chamadas de “mineiro-independentes” e sobre como essas cidades resistirão ao longo dos próximos cinquenta a cem anos sem a exploração desse recurso natural e suas matérias-primas.

Um dos principais debates em pauta é a existência (ou ausência) de um plano para que essas cidades se tornem sustentáveis e desenvolvam outras fontes de trabalho ou indústrias, diversificando a economia regional.

Outro impacto direto nas cidades “mineiras-independentes” é o crescimento desordenado da população, impulsionado pela população flutuante que presta serviços às mineradoras. Ressaltamos que este artigo não tem qualquer tom preconceituoso em relação aos trabalhadores contratados por essas empresas.

Esse aumento populacional exige mais vagas para crianças nas escolas, mais cadeiras nas unidades de saúde e, claro, condições dignas de moradia. Soma-se a isso o mercado de aluguel inflacionado, que levanta outro debate importante: os valores exorbitantes praticados, o que claramente não é justo.

Uma das possibilidades para o futuro dessas cidades, especialmente na região dos Inconfidentes, está no turismo. Temos um circuito turístico que merece mais atenção, iniciativa e protagonismo, com foco nas riquezas patrimoniais, naturais e gastronômicas.

Os índices de violência também podem aumentar na ausência de controle demográfico adequado, o que gera ocorrências de diferentes naturezas. Acreditamos em políticas públicas efetivas e em um olhar atento da iniciativa privada para lidar com os possíveis desordenamentos e, acima de tudo, transparência diante do imaginário de uma “cidade fantasma” dentro de um século.

Este artigo expressa a opinião do jornalista Lourenzo e não reflete, necessariamente, a posição editorial do portal Agito Mais.

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