Itabirito, em breve, irá completar o seu centenário. Essa data emblemática traz consigo um sentimento de renovação e força de um povo que contribuiu muito para a construção de sua identidade.
Muita expectativa é criada quando pensamos em celebrar um centenário e questões como "em que cidade vivo?", "em qual cidade quero viver?", "qual cidade deixarei à próxima geração?" tomam o imaginário itabiritense.
A cidade ganhará uma nova praça, em frente ao Fórum, e ali, logo ao lado, existe uma outra praça, a icônica Praça de São Sebastião, que abarca o cento comercial e serve de cenário para a Igreja Matriz de São Sebastião. Quantas pessoas, carros, criatividades e intenções por ali passam diariamente?
A Praça de São Sebastião: com seu comércio frenético, sua resistente feira de artesanato e seus transeuntes e moradores permanece atemporal, com seu coreto central. Coreto este que já foi palco de diversas manifestações artísticas, culturais e políticas, e agora encontra-se fechado, tapado, esquecido. Desde o início da pandemia, quando as restrições se intensificaram, fecharam o Coreto, e até hoje o que se vê são tapumes lindamente adornados com desenhos urbanos.
O que é uma praça? Qual a sua finalidade?
Há alguns poucos metros da praça, outro emblemático edifício clama por socorro.
O CEMI, antigo GGG, centro educacional que formou milhares de Itabiritenses e que poderia ser hoje referência histórica e arquitetônica da região, se encontra abandonado. Você conhece alguém que por ali já passou?
Qual finalidade o CEMI poderia ter além de colégio? Por exemplo, um museu, como o que acabou de ser inaugurado em Ouro Preto? A antiga Santa Casa de Misericórdia de lá, após um rico processo de restauração, hoje abriga o Museu Boulieu, destinado à salvaguarda do patrimônio barroco brasileiro.
Estamos sim, ansiosos por comemorar um centenário, planejamos ideias de futuro. Mas não podemos esquecer da riqueza que já possuímos. Itabirito já possui referências, só precisamos iluminá-las.
Mín. 9° Máx. 23°